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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Discutindo ciências palpiteiramente: resposta (4)

Discordando e concordando com o comentário de Luiz Bento:

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Luiz,

Acho que estamos perto de alguma concordância - parcial, mas talvez incluindo aspectos principais da discussão. Quando você diz: "Não tenho conhecimento profundo", veja que, no exemplo, eu disse "recorrer a conhecimento básico". No que você complementa: "(nem ralo)", não é verdade - você sabe de aspectos básicos do magnetismo (no mínimo, sobre polos norte e sul e que polos iguais se repelem; mas apostaria que sabe mais do que isso). Sem esses conhecimentos básicos, é o meu argumento, não haveria como examinar e concluir adequadamente pela falsidade ou veracidade (ao menos potencial) das alegações do fabricante do produto. (Bem, claro que entra aqui certamente o "desconfiômetro" a respeito de qualquer bugiganga que alegue ser bom para o bolso ou para a saúde - e mais pontos negativos se alega valer-se de fenômenos como "magnetismo" - em termos práticos temos o índice de crackpotismo defendido, jocosamente, pelo matemático John Baez. Mas a análise propriamente dita seria prejudicada sem recorrer aos fatos científicos.)

Quando você pergunta: "
Todos os brasileiros precisam saber toda a legislação?", a resposta certamente é "não" (e nem é, como você nota, possível). Mas repare que não é isso o que defendi. Veja que a resposta não quer dizer: "Todos os brasileiros podem/devem ser completamente ignorantes sobre legislação". "Não todo" é diferente de "nada", não ser "100%" não é o mesmo que ser "0%". O ponto está no que você diz: "Sei dos meus diretos básicos". Algum nível de conhecimento factual sobre os direitos (e deveres) é necessário. (O que está bem longe de significar que é necessário saber toda a legislação - coisa que ninguém sabe.)

Agora, um ponto que precisa ser destacado é que você está pensando na proposta em termos de ensino formal, provavelmente de um currículo de matéria escolar. Que é o que sua afirmação que começa com "
Se eu fosse professor do ensino médio" deixa transparecer. Não se trata absolutamente disso. O contexto não é de educação formal - mas sim de um programa de autoalfabetização.

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